Home » Música » Deezer’s Shortcut Series – Especial Copa do Mundo: Brasil
A raça e a bravura do futebol brasileiro não são segredos para ninguém. Não é à toa que o país é o de maior sucesso e títulos dentre todas as copas: deu à luz os maiores jogadores do mundo como Ronaldo, Roberto Carlos, Garrincha, Ronaldinho Gaúcho e, é claro, Pelé. Além disso, o país é berço de algumas lendas da história da música. Então vem com a gente, que vamos te mostrar algumas delas!
Em 1962, o Brasil presenciou seu time vencer a segunda Copa do Mundo seguida, desta vez, dando uma lavada na Tchecoslováquia na final, lá em Santiago – Chile. Foi um campeonato difícil, nossa estrela, Pelé, se lesionou. Mas, mesmo assim, nossos heróis Garrincha e Vavá fizeram vários gols que levaram o time ao título.
Nessa época, no Brasil, começaram a aparecer também alguns músicos de sucesso. No mesmo ano, 1962, Pery Ribeiro gravou a versão original da música “Garota de Ipanema” – uma das mais reconhecidas músicas brasileiras – que se tornou um grande sucesso internacional quando interpretada por João Gilberto e Stan Getz no prêmio Grammy de 1963, onde ganharam melhor álbum com Getz/Gilberto.
A copa de 1966, na Inglaterra, viu o Brasil sendo eliminado na fase de grupos sob conflitos internos e a crescente exigência física da competição – que causou, mais uma vez, a saída de Pelé no início do torneio. O time inglês aproveitou e venceu o torneio em frente a quase 100 mil torcedores no Wembley Stadium, em 30 de julho.
Nesta mesma época, Sergio Mendes & Brasil ’66 lançava seu primeiro álbum sob o selo Herb Alpert‘s A&M Records. Na metade dos anos 60, a música popular brasileira crescia, com nomes como Jorge Ben e Chico Buarque trazendo cada vez mais riqueza para a música brasileira. Em Herb Alpert Presents…, Mendes trouxe ao seu som brasileiro uma roupagem definitivamente internacional. Com a participação da talentosa americana Lani Hall (a única gringa do grupo) e cantado parcialmente em inglês, ficou famoso pela faixa de abertura ‘Mas Que Nada’, que acabou se tornando, desde então, um hino brasileiro. Apesar de ter sido lançada alguns anos antes pelo gênio Jorge Ben, e ter ganhado até cover do Black Eyed Peas e vários outros, é a versão de Mendes que se mantém conhecida no mundo inteiro.
1970, no México, vimos o time brasileiro em seu auge. Com nomes como Pelé, Jairzinho, Rivelino e Tostão, essa seleção é tida como a melhor já vista, ganhando não somente todos os jogos do torneio, mas todas as partidas qualificatórias também. Foi o tri da seleção brasileira, e, de quebra, ficamos com o troféu Jules Rimet para sempre.
De qualquer forma, em casa o cenário não era tão bom. O Brasil se tornava um estado cada vez mais repressivo sob a ditadura militar de Emílio Médici, com as torturas se tornando comuns e a censura midiática em ascensão. Foi neste momento que o movimento Tropicália começou, repercutindo até mesmo no resto da América Latina. Misturando música tradicional brasileira com o rock’n’roll americano e inglês, as canções de tons políticos e provocadores eram vistas com suspeita pelo governo Médici. Caetano Veloso e Gilberto Gil foram presos. Foi por esse cenário tão cinza que a vibrante e colorida tropicália tornou-se ainda mais crucial. Seu manifesto musical foi Tropicália: ou Panis et Circencis, uma colaboração de 1968 entre Gil, Veloso e vários outros músicos brasileiros – considerado um dos mais importantes discos da história.
A virada do milênio viu o retorno à velha forma do futebol brasileiro, após uma relativa decepção no palco mundial durante as décadas anteriores. Com Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho com poder de fogo (marcando 15 gols entre eles), o Brasil levantou o troféu da Copa do Mundo pela quinta vez em 2002 – Japão e Coréia do Sul.
A música brasileira também ressurgia em popularidade global. Seu Jorge já havia lançado seu debut em 2001 mas, com sua aparição em ‘Cidade de Deus’, o filme de Fernando Meirelles de 2002, o disco foi relançado internacionalmente sob o nome Carolina. Parcialmente graças a sua carreira como ator (ele também participou de The Life Aquatic with Steve Zissou) Seu Jorge tornou-se um dos mais conhecidos músicos brasileiros da modernidade.
Em 2006, Rivaldo não fazia mais parte do time, e Ronaldo e Ronaldinho não estavam em seu melhor momento. Sem os três Rs, a Seleção foi uma sombra do que tinha sido, e foi eliminada pela Holanda nas quartas-de-final, cortesia de Wesley Sneijder com dois gols.
Mas a música brasileira estava se renovando mundialmente, se tornando cada vez mais ousada e soando cada vez mais internacional. A banda que incorporou tudo isso, mais que qualquer outra, foi o CSS, “Cansei de ser sexy”, que misturava a energia sexual do funk com um ensolarado dance-punk, criando um som cool e divertido que era (e ainda é) ouvido nos cantos hipsters de São Paulo a Nova York, Londres e além.
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