Funk Carioca: conheça a história desse ritmo que dominou o Brasil

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O funk carioca é um dos estilos musicais brasileiros mais populares do momento, mas não foi sempre assim. 

Por muito tempo o gênero foi alvo de críticas, julgado pelas danças, letras e roupas usadas pelos intérpretes.

E, infelizmente, até hoje ainda tem que resistir a esses e outros preconceitos.

Mas a verdade é que esse preconceito e todos os estigmas em torno do funk carioca se guiam por uma discussão que vai muito além da música, mas caminha por debates sociais e de classe, não é?

Só que como diz aquele grande hit do funk de Amilcka e Chocolate, quando toca ninguém fica parado (tu tá ligado?).

Em homenagem a esse ritmo que evoluiu bastante desde seu surgimento, trouxe esse conteúdo falando dos grandes nomes do funk carioca e suas vertentes. Vem comigo!

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Como surgiu o funk carioca?

O funk carioca surgiu nos anos 1970 no Rio de Janeiro nos conhecidos Bailes da Pesada.

Nessa década, os bailes aconteciam na Zona Sul do Rio de Janeiro, uma área considerada “mais nobre” da cidade e tinham como artistas protagonistas da cena DJ ‘s como Big Boy e Ademir Lemos.

Com o crescimento da MPB e o uso do espaço Canecão como local dos bailes de funk, o gênero começou a crescer.

Com isso, os bailes foram ficando cada vez mais populares e alcançando o subúrbio.

Durante os anos 1980, o que dominava os bailes funks no Rio de Janeiro era o Miami Bass, uma vertente do Hip Hop, com músicas somente no idioma inglês.

Desses bailes com músicas ainda importadas, surgiu o famoso grito “Uh, Tererê! Uh, Tererê!”, que as pessoas cantavam na tentativa de reproduzir a letra de uma música da dupla norte-americana Tag Team, que cantavam “Whoop! There it is!”.

Não demorou muito para o funk carioca surgir como conhecemos hoje, com artistas cariocas e letras que ousavam falar de temas considerados polêmicos, com teor sexual e com uma batida extremamente dançante.

Um dos nomes mais importantes para o desenvolvimento do funk foi o Fernando Luís Mattos da Matta, o DJ Marlboro.

Ele foi um dos principais responsáveis por fazer do funk um sucesso no país todo, introduzindo a bateria eletrônica no gênero e levando o funk para todo o país com o disco “Funk Brasil”.

Depois disso, foram surgindo diversas vertentes do funk, como o funk melody, que ficou bastante famoso nos anos 1990.

De lá para cá, muita coisa aconteceu com o funk. Hoje temos o funk proibidão, ostentação, consciente, 150BPM, o funk pop, funknejo e várias outras vertentes.

Funk carioca e Funk Americano: conheça as diferenças e semelhanças

Apesar de dividirem o mesmo nome, o funk americano e o carioca possuem diversas diferenças e não surgem do mesmo lugar e contexto.

O funk americano é um gênero que surgiu durante a década de 1960 em comunidades afro-americanas nos EUA, com forte influência no soul, blues e no jazz.

Mas diferente desses gêneros, o funk americano aposta em um ritmo sem tanto foco na melodia e harmonia, trazendo um groove rítmico forte com baixo elétrico e bateria.

Esse conceito de música foi desenvolvido e popularizado por James Brown, que é um icônico do funk americano.

O funk carioca, por outro lado, é um gênero musical brasileiro com raízes no Miami Bass, um subgênero do hip hop, um estilo bastante popular entre as décadas de 80 e 90 nos EUA.

De Miami para o Rio de Janeiro, muita coisa mudou. Das letras que conhecemos hoje à batida 150BPM, por exemplo, o funk carioca se reinventou.

Qual a diferença entre funk carioca e paulista?

A principal diferença entre o funk carioca e o funk paulista está nos temas das músicas. Enquanto o funk carioca surgiu, inicialmente, com a proposta de falar da realidade da periferia e questões sociais, o funk paulista surgiu, entre os anos de 2008 e 2011, com o que conhecemos hoje como funk ostentação.

Quais são os tipos de funk?

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O funk carioca pode ser entendido como o funk tradicional, por conta das primeiras melodias do gênero terem surgido do Rio de Janeiro, mas o estilo carioca não é o único tipo de funk.

Existem várias outras vertentes que se diferem pelas letras, ritmos e origem.  Veja abaixo quais são:

Funk Consciente

Esse tipo de subgênero do funk é um estilo que busca trazer em suas letras reflexões e provocações sobre problemas sociais, como a realidade nas comunidades, a desigualdade, preconceito e outras questões.

Por conta das letras, o funk consciente é bastante comparado ao rap, outro gênero musical conhecido por denunciar problemas sociais.

Alguns nomes do funk consciente são o MC Lipi,  MC Garden, mas também posso citar aqui como exemplo das antigas a dupla Cidinha e Doca, que cantam o famoso Rap da Felicidade.

Funk ostentação

O funk ostentação, também conhecido como funk paulista, é uma vertente do funk que tem como proposta cantar sobre uma vida de ostentação e luxo.

Por isso, os artistas do gênero costumam trazer nas canções letras que falam de dinheiro, carros de luxo, mansões, jóias e tudo que está relacionado ao poder de consumo desenfreado.

Esse tipo de funk começou a bombar no cenário nacional durante o ano de 2013, época dos famosos “rolezinhos” e também por conta de um dos nomes mais importantes do gênero, o MC Daleste.

Vários MCs paulistas e cariocas continuam fortalecendo o funk ostentação, como o MC Guimê, MC Lon, Pocah, MC Gui e vários outros.

Funk carioca proibidão

O funk proibidão é um dos tipos de funk mais polêmicos, por ser a vertente que aborda de forma explicita temas como sexo e drogas. 

Algumas músicas também tratam sobre a vida no crime, muitas vezes como uma forma de reflexão sobre as consequências dessas escolhas.

Alguns dos artistas que também possuem um repertório proibidão são o MC Lan, Mc Jhey, MC Kekel, MC Livinho, MC Rebecca e vários outros.

Funk carioca romântico ou funk melody

O funk carioca romântico, também conhecido como funk melody, é uma vertente do gênero que possui letras mais focadas em histórias de amor, sem ter o apelo sexual ou explícito do funk proibidão.

Esse tipo de funk surgiu ainda no início dos anos 1990 e fez bastante sucesso, tanto pelas letras românticas quanto pela batida envolvente que trazia o uso de samplers e baterias eletrônicas.

Um dos nomes mais fortes dentro dessa vertente do funk carioca é a dupla Claudinho e Buchecha. “Só Love”, “Quero te encontrar” e “Fico assim sem você” são exemplos que ilustram bem o que foi o funk melody e porque ele é eterno.

Funk carioca 150BPM

O funk 150BPM é uma das vertentes mais recentes do gênero, conhecido por ser um ritmo acelerado e com uma batida bem dançante.

A sigla BPM vem de “batidas por minuto” e nisso já podemos ver que o funk é realmente muito mais rápido do que o comum, que é de 130BPM.

E apesar de ser um estilo novo, o funk carioca 150BPM já é um dos mais ouvidos não só no Rio de Janeiro, mas no Brasil todo.

Muito desse sucesso vem do trabalho feito pelo produtor Kondzilla e seu alcance gigantesco na internet.

Entre alguns dos nomes que brilham no funk 150BPM temos a MC Rebecca e Kevin O Chris.

Funk Carioca: hits que marcaram época

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O funk carioca já possui história suficiente na música brasileira para marcar diferentes eras. Em comparação com os primeiros hits, as músicas do funk carioca de hoje em dia mudaram bastante, desde a proposta de mistura de batidas como também nas letras e produções de videoclipes e álbuns.

Para fazer um tour nostalgia nesse ritmo que não deixa ninguém parado, separei os principais artistas e hits que marcaram época para você curtir no meu app.

Furacão 2000

A Furacão 2000 é uma produtora e gravadora do Rio de Janeiro que ficou muito famosa no início dos anos 1990 ao produzir shows de funk carioca e popularizar o gênero no país.

Foi a Furacão 2000 a responsável por lançar diversos nomes super importantes para o funk carioca, como Valesca Popozuda,  Mr. Catra,  MC Marcinho, Tati Quebra-Barraco, Perlla, Anitta e tantos outros.

Quem não se lembra dos DVDs dos shows da Furacão 2000, com aquele paredão de funk?

Dj Marlboro

O DJ Marlboro é o cara do funk e das parcerias de sucesso. Ao longo de sua carreira, o DJ carioca realizou trabalhos com grandes nomes do funk como Claudinho e Buchecha, Bonde do Tigrão, Mc Marcinho, Tati Quebra-Barraco e vários outros MCs que marcaram o funk.

É o caso da dupla Cidinho & Doca. Ao lado do DJ Marlboro, eles lançaram um dos grandes hinos do funk carioca.

“Eu só quero é ser feliz / Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é / E poder me orgulhar /E ter a consciência que o pobre tem seu lugar”. O resto você sabe de cor, não é?

Rap da Felicidade é uma das músicas mais importantes no funk carioca e retrata bem a proposta de uma vertente do funk que buscava falar da realidade das comunidades do Rio de Janeiro e questões como a desigualdade social.

Ouça essa e outras faixas no meu app.

Valesca Popozuda

Uma das vozes femininas que marcam a história do funk carioca é a Valesca dos Santos, mais conhecida como Valesca Popozuda.

A cantora começou sua carreira com o grupo Gaiola das Popozudas, entre os anos 2000 e 2012, antes de seguir como carreira solo.

No ano de estreia como artista solo, a cantora lançou uma das músicas mais ouvidas em 2012, “Beijinho no Ombro”.

Nessa música, há um fato muito legal por parte da artista. Em 2017, Valesca decidiu atualizar a letra da música para acabar com o tom de rivalidade feminina que a proposta inicial tinha e trazer uma mensagem de sororidade.

Um dos trechos da música ficou assim:

“Desejo a todas as amigas vida longa, unidas vamos conquistar ainda mais vitórias. E vamos em frente, parceria é nossa onda. Sem intriga, sem caô, amiga colabora”.

Eu simplesmente amei essa nova versão e a proposta por trás dessa mudança.

Dê play na carreira da rainha do funk carioca no meu app! 

Bonde das Maravilhas

O Bonde das Maravilhas é a nova sensação! Quem não se lembra de dançar muito (ou tentar dançar) a música “Quadradinho de Oito” em 2013?

Com uma coreografia icônica, não tem como falar dos clássicos do funk carioca sem citar esse famoso grupo feminino de funk carioca, integrado pelas seis meninas de Niterói que se encontram ainda na escola para fazer música.

Relembre no meu app esse hit e outras músicas da carreira de Thaysa, Gaaby (Nneca), Karol, Rafaela, Thalia e Joice, o Bonde das Maravilhas:

Bonde do Tigrão

Outro bonde que marcou o funk carioca é o Bonde do Tigrão, que teve sua formação em 1999.

Uma característica bem marcante do grupo foi que eles foram bastante pioneiros na composição de funks mais modernos, digamos assim, com letras com maior conotação sexual e coreografias bem marcantes.

Para falar dos grandes sucessos, não podemos deixar de citar os grandes hits como “Cerol na mão”, “O baile todo (Só as Cachorras)”, “Tchutchuca” e “Me usa”. Ou seja, não tem como falar de funk carioca sem falar deles, né?

Tati Quebra-Barraco

Seguindo entre as vozes femininas do funk carioca, não poderia deixar de destacar Tati Quebra-Barraco, cantora e compositora do funk e uma das mulheres pioneiras no gênero.

Posso dizer que Tati Quebra-Barraco andou para que muitas outras mulheres do funk pudessem correr.

O papel de Tati na música, especialmente no funk carioca, foi e ainda é muito importante.

Em um cenário predominantemente masculino até então, ela foi pioneira ao cantar sobre o poder feminino e desejos sexuais da mulher.

E os hits? Vieram com certeza!

“Boladona”, “Desce Glamourosa”, “Sou Feia Mas Tô na Moda” são alguns que não podem faltar em uma boa playlist de funk! Dê o play:

MC Carol

MC Carol é uma cantora e compositora ativista, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro. Mas acho que nem preciso apresentar. Se você é funkeiro, já deve estar ligado em quem é ela, né?

Ela se tornou um ícone do funk por introduzir em suas músicas temáticas sociais e que tratam da sexualidade feminina. Em muitas letras, podemos notar o bom humor e sarcasmo presente nas composições de MC Carol.

Um dos hits que fez a carreira da funkeira decolar é a música “Meu Namorado É Mó Otário” e outras que viralizaram como “Bateu uma Onda Forte”, “Liga pro Samu” e “Não Foi Cabral”.

A artista também explora em suas letras temas como feminismo, desigualdade social e outras pautas que discutem injustiças sociais, como na canção “Delação Premiada” e na “100% Feminista”, em que a MC faz parceria com a cantora Karol Conka.

A nova geração do Funk Carioca

Entre os artistas da nova geração do funk carioca poderia citar aqui uma lista gigantesca, mas vou resumir alguns nomes que se destacam na cena musical pela inovação no gênero.

Entre as vozes femininas temos como exemplo Anitta, Pocah, MC Dricka, Ludmilla, Lexa, Luísa Sonza que se destacam pelos hits no funk, mas que também misturam o funk com elementos de outros gêneros, como o pop music, trap, R&B e axé, por exemplo.

Entre os homens do funk carioca, existem vários nomes que se destacam na atualidade, tanto no funk proibidão, no funk ostentação e, claro, no 150 BPM.

É o caso de nomes como Rennan da Penha, Kevin O Chris, Kevinho, Dennis DJ,  MC Lan, KondZilla, MC Guimê e MC Fioti.

Separei abaixo o perfil de alguns desses nomes incríveis para você curtir no meu app. Afinal, temos os funks das antigas, mas sempre de olho nas novidades!

Anitta

Ludmilla

Rennan da Penha

Lexa

MC Dricka

Pocah

Kevin O Chris

Ouça as melhores playlists de Funk Carioca

Não há nada como uma boa playlist de funk para animar qualquer festa, churrasco, trilha sonora da faxina, para malhar ou até mesmo para dar aquela animada no trabalho para entrar no clima do final de semana. 

Separei três opções para você salvar no meu app e ouvir sempre que desejar:

Funk Carioca 2021 150 BPM

Funk Carioca 2021 BR

Funkadão

Proibidão, das antigas, 150 BPM e mais: funk carioca é na Deezer!

Não perca nenhuma novidade na Deezer! No meu app, você está sempre por dentro das novidades do funk, com playlists especiais para dançar até o chão. E se bater a nostalgia, tudo bem, temos playlists especiais para relembrar os funks das antigas!

SE TE FALTAM PALAVRAS, “DIZ COM DEEZER”